Inspirado em uma obra clássica da teledramaturgia que estou assistindo atualmente, comecei a fazer algumas reflexões a respeito do modo como as pessoas levam a vida. A partir destas reflexões, quero crer que possamos (re)pensar com mais clareza no modo como nós mesmos estamos conduzindo nossas vidas.
As duas protagonistas da referida obra envolvem dois perfis completamente distintos de personalidade e forma de vivenciar o cotidiano. A primeira, considerada vilã, demonstra um padrão de comportamento frio, ressentido, extremamente rígido e julgador, invasivo e "amargurado" (ela é frequentemente designada como "seca" pelos demais personagens da trama). Além disso, é raro ver tal personagem sorrir ao longo de toda a trama e, quando o faz, é de uma maneira contida, forçada, rígida.
Já a segunda, considerada "mocinha", demonstra um padrão de comportamento marcado pela alegria, irreverência, ousadia, gracejos inesperados e sorriso fácil. É tida como corajosa e "esperta/atrevida" pelos outros personagens da trama.
É importante mencionar que a vilã, no contexto da trama, ocupa uma posição social de poder e riqueza, enquanto que a "mocinha" ocupa a posição de escrava. Repare que as condições sociais e materiais da vilã não favorecem um comportamento mais "leve", enquanto que a condição de escrava, que teoricamente estaria associada à sentimentos de tristeza, revolta e humilhação, não conduzem a um comportamento "pesado".
Ok. E o que isso nos faz refletir?
Muitos de nós, talvez por força do hábito, tendemos a vivenciar as dificuldades e o sofrimento de forma rígida, séria e "pesada", não atentando para as pequenas coisas que poderiam nos proporcionar alegria, risadas e um pouco de humor, mesmo em um contexto de dor. É como se nossas mentes nos sobrecarregassem com "pensamentos de tijolo" diariamente.
Como uma escrava consegue extrair de sua existência miserável momentos de descontração, sorrisos, gracejos e alegria frente a um contexto tão adverso? Por outro lado, como uma moça rica, poderosa, bonita, não consegue minimamente esboçar um sorriso sincero? Trata-se de uma história real!!
O que isso significou pra mim, e que quero compartilhar com vocês, é que, mesmo diante de situações de vida muito adversas, podemos sim tornar estas situações mais leves, suaves, administrar os tijolos que nossa mente insiste em nos impor. Talvez possamos nos inspirar um pouco no comportamento, no modo dessa escrava levar a vida que, a meu ver, é um modo leve! No fim das contas, trata-se de abraçar uma perspectiva de vida em que as coisas sempre podem melhorar e que podemos nos divertir com a vida! Cultive esse senso de diversão em relação a vida!
Para finalizar, se você fosse classificar sua vida em termos de "levar a vida com leveza" ou "levar a vida de forma pesada" em uma escala de 0 a 10, qual seria sua classificação?
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